segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Entrevista com Luís Alberto, nosso Presidente

Como você está vendo o momento político na Petrobrás?

Em meio a maior crise da Petrobrás, com centenas de denúncias de corrupção envolvendo o alto escalão da empresa, os setores privatistas têm se aproveitado para atacar a categoria petroleira. Os entreguistas da nação e os capitalistas da indústria do petróleo sabem que para privatizar a Petrobrás e para colocar as mãos no pré-sal eles vão precisar primeiro derrotar os petroleiros.
Temos sido taxados de ladrões pelos veículos de comunicação. Dizem que somos todos suspeitos de corrupção por que a Petrobrás não possui uma gestão ou sistema de governança para impedir os “malfeitos”.

E isto é verdade? A Petrobrás não tem governança?

A Petrobrás possui, sim, sua governança, que precisa, com certeza, ser aperfeiçoada. Mas esta governança só funciona para os debaixo, do chão da fábrica. Os gerentões e diretores atropelam os mecanismos de controle e a auditoria da Petrobrás. Nós, trabalhadores, somos auditados cotidianamente. Não podemos ter desatenção com os procedimentos ou mesmo deixar de portar o PBS ou PBO que somos advertidos ou punidos. Mas, estranhamente, um diretor pode autorizar o pagamento de R$ 500 milhões para uma contratada sem um parecer favorável do seu corpo técnico. É a lei do chicote para os de baixo e da permissividade para os de cima.

O que a Chapa 2 defende numa situação destas?

Temos que combater a terceirização e a privatização. Esses são os dois grandes suportes à corrupção. Esta é mais uma razão pela qual defendemos a volta do monopólio e uma Petrobrás 100% estatal e pública.
Temos também que desenvolver mecanismos democráticos de participação efetiva, tanto dos empregados, quanto do povo brasileiro, na escolha dos gestores da companhia.
Além disso, tem que ser proibido que as empreiteiras demitam os operários dos novos empreendimentos, para que não se desconte mais uma vez, nas costas dos trabalhadores, a roubalheira dos empresários.
Concordamos com a opinião do Sindipetro-RN, que propõe uma unidade nacional dos 17 sindicatos, as duas federações e mais centrais sindicais e movimentos sociais para a construção de uma Conferência pela Reestatização da Petrobrás. Essa ideia tem o mérito de ser uma resposta unitária e classista para o problema.






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